No dia 29 de outubro de 2018, o vôo JT610 da Lion Air, que ia de Jacarta para Pangkal Pinang, caiu no Mar de Java pouco depois de decolar. Todas as 189 pessoas a bordo - passageiros e tripulantes - morreram. O acidente foi uma tragédia sem precedentes para a aviação indonésia e levantou questões sobre as práticas de segurança aérea no país.
Uma investigação subsequente descobriu que a queda do vôo JT610 foi causada por uma falha técnica no sistema de medição de ângulo de ataque, que é responsável por medir o ângulo entre a asa e o fluxo de ar. A falha no sensor fez com que o sistema de controle de vôo do avião enviasse informações incorretas aos pilotos, levando a uma desestabilização do avião e, eventualmente, à queda.
No entanto, os investigadores também apontaram falhas na manutenção e treinamento da tripulação da Lion Air. O avião em questão havia experimentado problemas técnicos em vôos anteriores, mas esses problemas não foram adequadamente resolvidos antes do vôo fatal. Além disso, os pilotos do vôo JT610 foram criticados por sua resposta inadequada à falha técnica, particularmente sua falha em desativar um sistema de controle de vôo automatizado que estava exacerbando a instabilidade do avião.
O desastre do Lion Air em 2018 levou a uma série de mudanças regulatórias e de segurança aérea em todo o mundo. A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) recomendou que as companhias aéreas garantam o treinamento adequado da tripulação em relação a situações de emergência, bem como a manutenção apropriada de aeronaves. Além disso, os reguladores em todo o mundo estão reavaliando seus procedimentos para inspecionar e aprovar aeronaves antes de autorizar vôos.
Este triste incidente também ressalta a importância da transparência e da cooperação na segurança aérea. As companhias aéreas devem ser incentivadas a compartilhar informações sobre incidentes e problemas técnicos, para que reguladores e outros operadores de aeronaves possam aprender com falhas e tomar medidas preventivas.
Em resumo, o desastre do Lion Air em 2018 foi um lembrete trágico da importância da segurança aérea. Embora a investigação tenha identificado várias falhas técnicas e de procedimento, também serviu como um ponto de partida para melhorias significativas na segurança aérea em todo o mundo. Essas melhorias devem ser continuamente avaliadas e atualizadas, para que possamos garantir a segurança dos passageiros e tripulantes aéreos em todo o mundo.
